Sarampo

💙
10 agosto 2018

Especialista alerta sobre a importância da vacinação


Doenças graves erradicadas no Brasil voltam a afetar a população e preocupam os profissionais de saúde

Algumas doenças graves que foram erradicadas no País há anos, voltaram a afetar a população recentemente, preocupando instituições e profissionais de saúde no geral. Vários estados brasileiros, como Amazonas, Roraima, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo, já confirmaram casos de sarampo, por exemplo. De acordo com o Ministério da Saúde, a meta de vacinação do calendário adulto está muito baixa e a imunização contra a poliomielite, vírus que pode causar paralisia, é considerada mínima e pode retornar em, pelo menos, 312 cidades brasileiras.

Segundo a dra. Rosana Richtmann, infectologista do Hospital e Maternidade Santa Joana, as vacinas desempenham um papel fundamental na proteção contra doenças como o sarampo e não existe nada mais eficaz em saúde pública do que imunização. “A vacinação é a forma mais eficaz de se prevenir o sarampo e outras doenças. Quanto mais pessoas imunizadas, menor a chance de termos pessoas doentes. É uma questão de responsabilidade social”, conta a especialista.

A infectologista reforça que a população não pode deixar a vacinação cair no esquecimento. “Na atual realidade, as pessoas estão se esquecendo de se vacinar e também de imunizar seus filhos. Isso não pode acontecer, pois as vacinas são um dos mecanismos mais eficazes na defesa do organismo humano contra agentes infecciosos e bacterianos, e consiste na proteção do corpo por meio de resistências às doenças que o atingiriam. Quando você se vacina, você protege todos ao seu redor”, afirma.

Em relação ao sarampo, a profissional ressalta que era uma doença erradicada e que, até o ano 2000, não existia mais casos no Brasil. “É um vírus de fácil transmissão e que gera diversas complicações. As bolinhas vermelhas só aparecem dias depois da doença adquirida e a patologia começa com tosse, febre, conjuntivite, coriza, entre outros sintomas. As pessoas imaginam que é uma doença leve, mas ela pode levar a sequelas muito sérias. Entre elas estão diarreia, infecção nos ouvidos, vômito, hemorragia, convulsões, hepatite, pneumonia bacteriana secundária e até sequelas neurológicas”, explica.

Para as gestantes, a patologia, caso não tratada, pode envolver aborto no 1º trimestre de gestação e risco de parto prematuro. “Isso sem falar em infecção no sistema nervoso e em problemas respiratórios. Infelizmente, a mãe não pode tomar vacina durante a gestação, pois pode desencadear graves complicações. O ideal é que ela tenha se vacinado antes da gravidez. Caso contrário, deve evitar contato com pessoas em locais fechados e, principalmente, com pessoas contaminadas”, ressalta.

A vacina que protege contra o sarampo é a tríplice viral, que também imuniza contra caxumba e rubéola. A pessoa deve ter tomado duas doses com intervalo mínimo de um mês, desde que a primeira tenha sido adquirida depois de um ano de vida. “As duas doses no primeiro ano do bebê protegem a criança para o resto da vida. Porém, quem não sabe se tomou a vacina, pode tomar novamente, sem problemas. O importante é a imunização”, afirma a dra. Rosana.

Essa vacina é oferecida nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do SUS, em todo o Brasil, e nas unidades privadas como no Centro de Imunização do Santa Joana. Inclusive, o País é reconhecido por ter implementado o Programa Nacional de Imunização (PIN), que se destaca por ser um dos melhores projetos de imunização do mundo, atuando fortemente na prevenção e erradicação de doenças.

Em relação a efeitos adversos da vacina do sarampo, a infectologista comenta que são raros os casos considerados graves. “Os efeitos colaterais mais comuns são dor no braço, vermelhidão e inchaço onde foi aplicada a vacina. Também podem ocorrer febre ou mal-estar passageiro. Em alguns casos, e dependendo do tipo de vacina, a pessoa pode apresentar sintomas parecidos com os da própria doença. Isso acontece pelo fato de a vacina ter em sua composição um vírus enfraquecido, mas incapaz de transmitir a enfermidade. Em casos mais extremos, porém muito raros, pode causar choque anafilático”, enfatiza dra. Rosana.

A coqueluche e a poliomielite são outras duas doenças que estão preocupando os profissionais de saúde. No caso da coqueluche, a dra. Rosana afirma que houve um aumento no número de casos devido ao melhor diagnóstico que é feito atualmente pelo setor. “Apesar de ser uma doença que não foi erradicada, ela merece atenção. A vacina que protege desta patologia é a tríplice bacteriana (DTP), que também imuniza contra difteria e tétano e são oferecidas gratuitamente a partir de dois meses de idade do bebê. Ela é tão importante que está indicada para as grávidas a partir de 20 semanas de gestação, com o intuito também de prevenir a doença no feto”, reforça a especialista, que afirma ser essencial realizar um reforço da vacina a cada dez anos.

Já a poliomelite está erradicada em toda a região das Américas há mais de 20 anos. O último caso no Brasil foi em 1989. Porém, por conta dos baixos índices de imunização, a doença pode voltar a afetar os brasileiros. “Esta doença é grave, causada por um vírus que vive no intestino e pode afetar o sistema nervoso, levando à paralisia. A vacina contra essa doença deve começar por volta dos dois meses de vida, com mais duas doses aos quatro e seis meses, e reforços entre 15 meses e aos cinco anos de idade”, afirma a infectologista.

Sobre o Hospital e Maternidade Santa Joana: O Hospital e Maternidade Santa Joana é reconhecido como um grande centro especializado nos cuidados com a saúde integral da mulher e do neonato. Uma das Instituições que mais investem em tecnologia hospitalar e infraestrutura é acreditado pela Joint Commission International (JCI), a mais importante certificação hospitalar do mundo, que atesta a excelência do hospital em segurança do paciente e qualidade do atendimento. A instituição oferece serviços de alta complexidade para gestações de risco e tem uma parceria inédita com a Universidade de Stanford, eleita pela revista Forbes como a melhor universidade americana. O objetivo da parceria é a prevenção de lesões cerebrais e sequelas neurológicas em recém-nascidos que sofrem asfixia no momento do parto. Único no Brasil a possuir uma UTI Neonatal especializada no tratamento de bebês com problemas neurológicos, o Hospital ainda contempla mais quatro unidades de terapia intensiva neonatais, além da UTI Adulto - todas equipadas com o que há de mais avançado no segmento. A Instituição também conta com um Centro de Diagnóstico, voltado para diversas doenças da gravidez e para a realização de exames de laboratório e imagens, além de Centros de Endometriose e Imunização. Visite o site: www.santajoana.com.br.

Custom Post Signature

Custom Post  Signature

Related Post:

  • Vitiligo na infância Tem cura? Natália Deotado, participante do Big Brother Brasil 22, descobriu que tinha vitiligo aos nove anos Dra. Luciana Passoni, médica dermatologista explica o qu… Read More
  • 5 dicas para manter as cáries longe das crianças As cáries são uma das doenças mais comuns do mundo, produzindo anualmente cerca de 190 milhões de novos casos.Ainda que seja uma doença com prevenção e tratamento bastan… Read More
  • Abril AzulComo auxiliar as crianças com autismo na pandemiaNo Mês de Conscientização do Autismo, especialista explica que em crianças com autismo, interrupções de rotinas e no tratamento pod… Read More
10 comentários on "Sarampo"
  1. Importantíssimo esse post, especialmente pra quem não acha que vacinar é essencial.

    ResponderExcluir
  2. Adorei saber mais sobre as vacinas, e concordo totalmente sobre a vacinação ser importante. Vou indicar seu post para algumas mamães que conheço.

    ResponderExcluir
  3. Olá, super válida sua dica! Bom para as mamães tomarem o devido cuidado.

    ResponderExcluir
  4. Bom dia, como vai/ Eu gostei bastante da explicação, acretido que você citou pontos super imporantes, realmente tomar a vacina é indispensal

    ResponderExcluir
  5. É preciso conscientizar da importancia e urgencia de vacinar! As doenças erradicadas voltar é muito triste e grave!

    ResponderExcluir
  6. Olá, Tudo bem?
    Muito bom seu post Michele!
    Pior é que a falta de informação prejudica muito a população, como você disse no seu post, o sarampo pode ser confundido com uma doença leve com sintomas conhecidos *comuns* e se agravar!Mas o importante é não deixar de se vacinar e vacinar os filhos até porque a vacina protege contra outras doenças.
    Obrigado pela informação!
    bjos

    ResponderExcluir
  7. Excelente post, flor! Quem dera todo mundo se informasse dessa forma e acabasse de vez com a modinha atual da proposta anti vacina. Ela ao meu ver eh pura ignorância.
    Parabéns pelo post!

    ResponderExcluir
  8. Muito esclarecedor esse post! Eu sempre fui a favor da vacinação para os nossos filhos, realmente é de extrema importância.

    ResponderExcluir
  9. A vacina é muito importante...eu já tomei, mas pela idade preciso de reforço
    Gostei, muito legal!
    Blog ArroJada Mix|Blog Prosa e Texto|Blog Vapor da Cozinha

    ResponderExcluir
  10. Vacinar é um ato de amor acima de qualquer coisa, amei seu post muito esclarecedor e muito importante, tem que vacinar os filhos sim porque é uma prevenção e não deixa nada de ruim acontecer com os pequenininhos, amei seu post parabéns!

    ResponderExcluir