12 TÓPICOS SOBRE ALEITAMENTO MATERNO

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30 janeiro 2020

A DOCE (e dolorosa) FORMA DE ALIMENTAR A VIDA



O aleitamento materno é reconhecido pelo Ministério da Saúde, em consonância com a Organização Mundial de Saúde (OMS) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), como uma das estratégias fundamentais para a diminuição dos índices de mortalidade neonatal.


Em um bate-papo aberto sobre o assunto, a Personal Organizer especialista em Baby Planner Elaine Gouvêa, fala sobre a importância do aleitamento materno, alimentação ideal para a lactante, posições indicadas para a hora da amamentação, desmame, entre outras dúvidas que grande parte das futuras mamães tem em relação a este período tão importante para ela e para o bebê. Confira a entrevista abaixo! 


1. Por que é importante amamentar?
Em primeiro lugar, porque o leite materno é o melhor alimento do mundo. Ele é formado por água, proteínas, gorduras, vitaminas e outros nutrientes importantes para o desenvolvimento e proteção do bebê. A gordura encontrada no leite humano é composta por ácidos graxos poli-insaturados, formando assim, neurônios e favorecendo as sinapses nervosas. Esta gordura é fundamental para a formação do cérebro e para o desenvolvimento do raciocínio lógico. 

2. Quais são as principais dúvidas da mulher em relação à amamentação?
Cada mulher tem suas indagações pessoais quando o assunto é o aleitamento materno. Mas, as principais dúvidas delas são:
 a) Há necessidade de preparar o peito para amamentar?
b) O que fazer para produzir leite para amamentar o bebê?
c) O leite produzido será suficiente para alimentá-lo?
d) E se o leite não descer, como alimentar o bebê?, 
entre muitos outros questionamentos.

Como cada organismo reage de uma forma diferente a uma mesma situação, o corpo de cada gestante reagirá de maneiras distintas uma das outras no quesito aleitamento. Ou seja, uma poderá ter pouco leite enquanto outra terá leite em abundância; uma formará o bico – que facilitará durante a amamentação –, já outra gestante poderá ter dificuldade neste aspecto. E para cada caso haverá uma solução que será prescrita pelo médico que a acompanha desde o pré-natal. 

3. Existem vantagens para a mãe e para o bebê, na amamentação?
Existem muitos benefícios, tanto para mamãe quanto para o bebê. Em relação ao bebê, receber o leite materno é a forma mais eficiente de prevenir infecções e alergias. Pesquisas mostram que os benefícios da amamentação prolongada, até dois anos ou mais, trazem garantia de proteção à criança, mesmo depois do desmame. Além disso, é uma forma de estabelecer o vínculo entre mamãe e bebê, além de ser prático, por estar pronto e na temperatura certa. Para mulheres que amamentam há menos risco de desenvolver câncer de mama e de ovário, além de diabetes tipo 2, após a gravidez. A amamentação também reduz a probabilidade do aparecimento da depressão pós-parto.

4. No quesito alimentação, existe algum alimento ou dieta que favoreça a produção do leite materno?
Sim. A mulher precisa tomar muita água, cerca de 3 litros por dia, além consumir frutas, legumes e carne magra. A dieta deve ser rica em vitaminas, cálcio, fibras e óleos saudáveis. Alguns alimentos recomendados pelos nutricionistas são: Salmão, Arroz Integral, Iogurte, Aveia, entre outros.

5. Por outro lado, existe algum tipo de alimentação que a gestante e/ou lactante consuma que possa interferir na saúde do bebê?
Nesta fase não é recomendado o uso de adoçantes e bebidas alcóolicas. Bebidas que contenham cafeína devem ser ingeridas em pequenas quantidades e alimentos que provocam gases, como brócolis, feijão, repolho e outros, também devem ser ingeridos com cautela.

6. Qual a melhor posição para o momento da amamentação?
A melhor posição será escolhida pela mamãe e bebê. Porém, há algumas posições que facilitam a amamentação.
Tradicional: O bebê se apoia sobre o braço que está do mesmo lado do peito que ele está mamando. É importante que a mamãe esteja sentada de forma confortável, mantenha a coluna reta para poder pegar o bebê e que a cabeça dele fique apoiada na dobra do cotovelo dela. 

De Lado: A mamãe deve deitar-se de lado e colocar o rosto do bebê de frente para seu peito.  Seu corpo apoia-se no braço e eleva ligeiramente a cabecinha do bebê. Com a outra mão, leva o mamilo até a boquinha dele. 
Invertida: Nesta posição, o cotovelo fica dobrado e o bebê fica ao lado do corpo da mamãe, embaixo do braço. Com a mão aberta, ela segura a cabeça do bebê e coloca o rostinho dele em direção ao seio. A outra mão pode apoiar a mama para facilitar à pega.
Amamentação de gêmeos: Para amamentar gêmeos, a mamãe pode usar a posição invertida, com um bebê apoiado em cada braço. 

7. Como evitar rachaduras e leite empedrado?
Para evitar rachaduras é fundamental posicionar o bebê corretamente            durante     a amamentação, não lavar o mamilo com frequência, pois o excesso de água pode retirar a proteção natural da pele. Evitar usar cremes e sabonetes sobre o mamilo. Após a mamada, o próprio leite pode ser passado sobre os mamilos para tratar a pele. Além disso, é importante tirar o bebê do peito com cuidado. A orientação é colocar o dedo no canto da boquinha, entre a língua e o mamilo, e depois tirar o bebê. 
Para evitar o leite empedrado é indicado tomar alguns cuidados, tais como: Colocar o bebê para mamar sempre que ele quiser ou de três em três horas; Esvaziar completamente a mama e, caso o bebê não esteja conseguindo realizar este processo, retirar o leite com uma bomba ou com a ordenha manual. Assim, o peito não ficará com excesso de leite e evitará o ingurgitamento mamário. 

8. Para a mulher que trabalha fora, como lidar com a questão da amamentação se ainda não ocorreu o desmame?
Neste caso, a mulher pode extrair o leite manualmente ou com uma bomba, durante o tempo que estiver fora de casa, colocá-lo no refrigerador e oferecer ao bebê posteriormente. Assim, a mulher continuará produzindo leite para amamentá-lo.

9. E se não puder ficar o dia todo com meu filho para amamentá-lo?
Se a mamãe conseguir extrair o leite e armazená-lo, é possível continuar amamentando.

10. Qual é a hora do desmame?
A hora do desmame é determinada pela mamãe e bebê. Não existe regra. O aconselhável é que seja um desmame gentil, para ambos.

11. Quais são os direitos da mulher que trabalha fora em relação à          amamentação?
O artigo 396 da CLT estabelece que, durante a jornada de trabalho, a mãe tem direito a dois descansos especiais, de meia hora cada um, para amamentar o bebê, até que ele complete seis meses de idade. Esse período poderá ser prorrogado, a critério do médico, dependendo das condições de saúde da criança. Muitas vezes a mamãe não tem como amamentar o bebê neste tempo oferecido, por estar longe da criança. Assim, sugiro que tente fazer um acordo com a empresa. Uma opção é juntar este tempo, e sair uma hora mais cedo, ou entrar uma hora mais tarde, de acordo com o que for melhor para família.

12. Como foi sua experiência com o aleitamento materno?
Muitas vezes, quando falo em extrair o leite no trabalho, as pessoas acham impossível, mas não é. Fiz isto para minhas duas filhas e ofereci para ambas a amamentação prolongada.  Este processo de extrair o leite pode ser realizado até os sete ou oito meses, depois que o bebê já está se alimentado com outros alimentos, à amamentação pode ser de manhã, no final da tarde e à noite, de acordo com a disponibilidade da mamãe.


Sobre Elaine Gouvêa - Graduada em Comunicação Social com ênfase em Relações Públicas pela Universidade Metodista de São Paulo e pós-graduada em Educação Infantil pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul, Elaine Gouvêa sempre foi apaixonada por organização e por todo o universo da maternidade.  Ciente de que poderia unir sua paixão pela maternidade ao prazer de organizar, realizou inúmeros cursos e especializou-se em Personal Home. Certificou-se nacional e internacionalmente como Baby Planner e passou a ser consultora em Aleitamento Materno. Com a união destas duas vertentes na área de Personal Organizer, Elaine Gouvêa desenvolveu o curso Livre Baby Organizer, que vem sendo ministrado há mais de dois anos, em todo o território nacional. Outros cursos criados e promovidos pela Personal Babby Planner são: Organização Kids, Oficinas Lúdicas de Organização Infantil, Organização do Espaço como Terceiro Educador e outros. Mãe de duas meninas, que a inspiram todos os dias, Elaine Gouvêa leva sua  experiência pessoal e profissional mostrando não só a teoria, mas também a prática de tudo que envolve a organização para uma vida mais leve e feliz. Em seu constante aprimoramento das técnicas de organização, a especialista visa adquirir conhecimento para apoiar famílias em crescimento e educadores.
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