Tech Girls torna acessível o conhecimento em tecnologia da informação

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27 julho 2022


ACESSO AO TRABALHO E RENDA SÃO ESSENCIAIS NO COMBATE 
ÀS DIFERENÇAS E À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA


Criado por uma desenvolvedora de software, o Tech Girls contribui para o aprendizado e empoderamento feminino, independente da faixa etária, conhecimento técnico e situação socioeconômica


Definido pelo dicionário como a ação de “tornar poderoso”, o termo empoderamento está relacionado ao ato de conseguir domínio sobre a própria vida, ou seja, conquistar autonomia para a tomada de decisões. Muito além de um discurso politicamente correto, o empoderamento feminino está diretamente ligado à igualdade de gênero e ao acesso ao ensino e ao mercado de trabalho. Ele também é essencial no combate à violência doméstica. Estudos indicam que mulheres sem condições econômicas para se sustentar e aos seus filhos são mais suscetíveis à agressão de companheiros e familiares. 


A mão-de-obra feminina também enfrenta inúmeros desafios no local de trabalho: seus salários são menores que os ocupados por homens na mesma função, segregação ocupacional, estereótipos e obstáculos na ascensão profissional. Segundo estatísticas do Banco Mundial, na maioria dos países elas recebem, em média, 60% a 75% dos salários masculinos. Além disso, dedicam cerca de três horas a mais por dia aos afazeres domésticos. 


A desenvolvedora de software Gisele Lasserre sentiu na pele a ausência de referências femininas e a pouca receptividade no ambiente de trabalho. Como uma resposta positiva às adversidades, ela decidiu fazer a diferença contribuindo para o aprendizado e empoderamento feminino, independente da faixa etária, conhecimento técnico e situação socioeconômica. 


Em 2017 fundou o Tech Girls, um negócio de impacto socioambiental focado na empregabilidade em tecnologia e geração de renda. A iniciativa proporciona às mulheres a inserção profissional na área de Tecnologia da Informação, que oferece vagas de emprego mesmo em períodos de crise. Além disso, o trabalho remoto – adotado em boa parte das empresas de tecnologia – permite às mulheres conciliar a vida profissional e a criação dos filhos. 


Muitas alunas iniciam o curso sem nunca terem ligado um computador, por isso aprendem desde a criação de uma caixa de e-mail até o desenvolvimento de sites, a programação de softwares e a manutenção de computadores.


Para atrair a atenção de mulheres que não possuem familiaridade com a tecnologia, o Tech Girls desenvolveu uma metodologia que cria uma conexão com elas, que normalmente estão acostumadas a trabalhos manuais, afinal grande parte delas são confeiteiras, faxineiras ou artesãs. Desta forma, o módulo inicial é arte em lixo eletrônico, que funciona como um chamariz para iniciar a jornada de digitalização. Nele, as mulheres aprendem a criar acessórios e itens de decoração a partir de componentes de computador, que ao invés de serem descartados, recebem um novo significado e contribuem para a geração de renda e autonomia financeira das mulheres que os produzem. Essa “estratégia" recebeu o nome de Metodologia de Ensino Afetiva em Tecnologia, que envolve resultados rápidos, aliado com conexão emocional em atividades de vida desta aluna.


Os cursos são formatados para atender diferentes públicos tais como mulheres em condições de vulnerabilidade social, autônomas, donas de casa, Grupo 50+ (terceira idade) e egressas do sistema prisional, comunidade LGBTI+ e mulheres em medidas protetivas de violência domésticas.


A maioria deles foi migrada para uma plataforma de ensino à distância, o que ampliou a capilaridade e atuação do projeto. Com isso, o Tech Girls torna acessível o conhecimento em tecnologia da informação e auxilia na criação de negócios digitais, autonomia e acesso ao mercado de trabalho.  


Visando potencializar sua abrangência, o projeto é parceiro da Rede Gerando Falcões, um ecossistema de desenvolvimento social que atua em quase 1.600 favelas em todo o país e visa acelerar o poder de impacto das lideranças locais.


Em quatro anos de atuação o Tech Girls já capacitou mais de 500 profissionais nas áreas de Hardware, Software, Programação, assistência técnica de computador e reciclagem de lixo eletrônico, além de conhecimentos para o uso pleno dessas tecnologias.



Sobre o Tech Girls

Criado em 2017, o Tech Girls é um negócio de impacto socioambiental focado na empregabilidade em tecnologia e geração de renda. Por meio da Metodologia de Ensino Afetivo em Tecnologia®, que alia afeto ao aprendizado de software e hardware, o projeto conta com aulas desenhadas para facilitar o aprendizado das mulheres, desde o nível inicial até a formação em hard skills tecnológicos. Com isso, capacita e torna acessível o conhecimento em tecnologia, auxiliando na criação de negócios digitais, autonomia para o uso pleno de computadores, celulares e acesso ao mercado de trabalho em TI. Recupera notebooks obsoletos por meio de capacitação de manutenção dos equipamentos, realizados pelas próprias alunas que ao concluírem a jornada de imersão digital, levam o notebook para casa, para continuarem seu ensino e  atuarem profissionalmente, gerando renda e emprego. As sucatas deste lixo-eletrônico são transformadas em Bijouxtechs ®

Foi condecorado no Prêmio Empreendedora Curitibana 2021, na categoria Empresa de Impacto Socioambiental, em março de 2022, e recebeu homenagem pela Câmara Municipal de Curitiba por sua contribuição às mulheres curitibanas.


O Tech Girls já transformou diretamente mais de 500 vidas femininas, promovendo impacto positivo em centenas de famílias e comunidades de Curitiba e região metropolitana e, atualmente, vem estabelecendo parcerias para promover a capacitação e inclusão de mulheres no mercado de tecnologia em todo o Brasil.  


Também desenvolveu projetos de inclusão social por meio da tecnologia para diversas empresas como o Grupo Boticário, a OLX e a Renault, dentre outras.


Mais informações em https://techgirls.com.br.

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