Nutricionista alerta para riscos de doenças e traz orientações para uma alimentação mais saudável
Estimativa da Organização Mundial de Saúde é que no mundo há 41 milhões de crianças entre zero e cinco anos obesas ou com sobrepeso. A previsão para os próximos anos é ainda mais preocupante. Até 2025, se não houver reversão do quadro, o número deve chegar a 70 milhões, sendo só no Brasil, 11,3 milhões. Esses dados devem servir de alerta já que ainda de acordo com a OMS, a obesidade e o sobrepeso causam mais mortes que desnutrição, por exemplo.
A nutricionista ortomolecular, Naiara Caramuru, explica os prejuízos à saúde diante do excesso de gordura corporal: “Pode levar a várias disfunções metabólicas, como resistência à insulina com sobrecarga pancreática, além de aumento nas taxas de colesterol e triglicérides. Se não tratadas, pode até chegar a desenvolver doenças como diabetes, hipertensão arterial e doenças do coração.”
O primeiro passo para evitar tais problemas é o diagnóstico com aferição da curva de peso e crescimento ou do Índice de Massa Corporal (IMC). Muitas vezes, o próprio pediatra faz os procedimentos e encaminha a um especialista. A outra opção é os pais ou responsáveis já buscaram um nutricionista. “Atendo principalmente mães que acham que o filho está fora do padrão e a vantagem aqui é que consigo avaliar o percentual de gordura, usando bioimpedância elétrica, indicada especialmente para crianças ou adolescentes e esportistas”, conta Caramuru.
A partir dos resultados, há adequação na alimentação da criança, pensado nos nutrientes necessários para garantir seu desenvolvimento e crescimento, mas de maneira saudável. Muitas vezes, há receios de cortar determinados alimentos nessa fase da vida, mas a nutricionista detalha: “As crianças têm uma reserva de gordura e esta tem de ser gasta como fonte de energia. Senão for assim, não ocorre o emagrecimento. Esse processo tem de ocorrer dentro de um contexto de uma dieta equilibrada e há várias dicas para acrescentar e retirar do cardápio, para alcançar o resultado”.
🚫 Evitar:
-Alimentos industrializados e processados;
-Gorduras provenientes de óleos refinados em excesso;
-Carboidratos de alto índice glicêmico (trigo e seus derivados, farináceos);
-Excesso de frutose (açúcar da fruta).
🛑 Incluir:
-Fontes de proteínas e de fibras nas refeições principais e ao menos em um dos lanches intermediários;
-Carboidratos com baixo índice glicêmico (batata-doce, aveia, quinoa, amaranto), consumindo no café da manhã, almoço e lanches intermediários;
-Aumentar o consumo de monoinsaturadas (azeite, castanhas, abacate) e ômega-3 (peixe, linhaça, chia), reduzindo as gorduras poli-insaturadas (óleos vegetais);
-Algumas especiarias são muito interessantes como canela (auxilia na modulação da insulina) e cúrcuma (auxilia como anti-inflamatório natural).
Dicas:
Há várias opções para tornar alimentos que as crianças gostam em preparações mais saudáveis, como substituir o achocolatado pelo cacau em pó e os doces prontos por preparações caseiras, com uso do açúcar de coco, gelatina à base de agar-agar (super natural, sem corante e ótima para saúde), sorvetes, bolo e cookies tradicionais por funcionais, que levam em conta ingredientes mais saudáveis como os listados acima.
“Sou da opinião que é preciso restringir alguns alimentos por um bom período, até desativar áreas de nosso cérebro relacionadas ao vicio. Você sabia, que quando ingerimos, por exemplo, açúcares e trigo, a área do vicio é ativada e a pessoa fica literalmente dependente destes alimentos? Então eu acabo proibindo mesmo. Por experiência, posso afirmar que as ‘escapadas’ acabam virando rotina e o resultado almejado fica prejudicado.”, finaliza Caramuru.
Sobre Naiara Caramuru:
Naiara Caramuru é graduada em Nutrição pela Puc-Campinas há 20 anos. Tem especializações nas áreas de “Nutrição Ortomolecular” pela Fapes e em “Obesidade e Emagrecimento” pela Universidade Veiga de Almeida. Cursa “Fitoterapia voltada à Estética e Atividade Física”, além de ser técnica em “Neurometria Funcional.”
Atualmente atende em Campinas: Clínicas (Rua Frei Antônio de Pádua, 1139 Jardim Guanabara).
Oi MIchele, falar sobre alimentação e obesidade é sempre bom. Com o aumento das opções e a redução dos esportes, o problema está cada vez mais sério.
ResponderExcluirbeijos
Chris
Oi Mi
ResponderExcluirExcelente seu post
Gostei muito das dicas da Naiara.
Obesidade é um assunto muito grave e preocupante.
Uso bastante canela nos nossos pratos e quero usar mais cúrcuma também.
Dicas anotadas
Bjs
Triste realidade né Mi? Sei que até frutas em excesso não faz bem!! Tudo tem que ter equilíbrio!
ResponderExcluirÓtima publicação, essa é uma grande preocupação lá em casa!
ResponderExcluirAchei as dicas super úteis! A família inteira pode se beneficiar com uma alimentação mais saudável!
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