Setembro Amarelo

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10 setembro 2020


Prevenção do suicídio deve começar na infância


Falar sobre o tema com as crianças, apesar de delicado, pode ajudar no amadurecimento delas. O estudo “Mapa da Violência”, realizado pelo Ministério da Saúde, registra que houve um aumento de 10% nos casos de suicídio entre crianças e adolescentes de 9 a 19 anos.

Sem contar com o aumento dos casos de depressão. De acordo com o Center for Disease Control and Prevention, pelo menos duas crianças entre 5 e 11 anos em cada 1 milhão vão morrer de suicídio.

Pediatra explica a importância dos pais ao abordar o assunto com a criança, sem a cultura do silenciamento. Bem como deve falar dos fatores que influenciam a criança e o adolescente pela busca do tentar se suicidar. Do mesmo modo, ela explica as razões do acompanhamento do pediatra em conjunto dos pais.


1- A partir de qual idade, é possível falar sobre morte com a criança? 
Quando se fizer necessário; por exemplo, caso a criança passe pela perda de algum parente próximo, ou de algum animal de estimação ou quando a própria criança tocar no assunto. A partir de 4 a 6 anos a criança já é capaz de compreender o aspecto da irreversibilidade da morte. 

2- Por que alguns pais ainda persistem no medo de falar de morte com as crianças? 
A morte é um tema difícil para qualquer pessoa. A irreversibilidade de uma perda, por si só, já é doloroso. Tocar em assunto assim tão delicado, ainda mais com os filhos, é um tabu que precisa ser superado pois conversar sobre a morte não causa mais dor; ao contrário, é uma forma de aliviar sentimentos de angústia em relação a esse tema. 

3- Como falar com os filhos sobre o suicídio? 
Também é um tabu que precisa ser superado. O suicídio ocorre geralmente como consequência de transtornos mentais, principalmente a depressão e ansiedade. Caso você perceba o mínimo sinal de que seu filho apresenta sinais suspeitos, toque no assunto. De espaço para que ele possa falar de seus sentimentos e fique atento aos “pedidos de ajuda” nem sempre tão explícitos. 
Casos de suicídio de pessoas próximas ou que apareçam na mídia também são oportunidades de abordar esse tema. 

4- O histórico familiar influencia nesse comportamento da criança e adolescente? 
Sim. Histórico familiar de doenças psiquiátricas e transtornos mentais como depressão e ansiedade; stress intenso durante a gestação e depressão materna são alguns fatores de risco para a criança e adolescente. 

5- Algo a acrescentar? 
A depressão é doença insidiosa, mas pode ser prevenida. Proporcionar uma infância saudável a criança, com boa alimentação, rotina de sono, contato com a natureza, espaço para brincar, presença afetuosa dos pais e livre de stress tóxico são as melhores formas de se evitar essa doença.


Fonte: Dra Lílian Cristina Moreira, pediatra e membro da Sociedade Brasileira de Pediatria.
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