Endometriose

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14 março 2023


Os avanços da medicina no tratamento da endometriose

 

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 190 milhões de mulheres sofrem com a endometriose no mundo. Trata-se de uma doença inflamatória que acontece quando o endométrio – a mucosa que reveste as paredes internas do útero –, percorre o caminho errado. Isso porque, as células do endométrio, em vez de serem expelidas durante a menstruação, migram no sentido oposto, indo para outros órgãos do corpo, como ovário, intestino, trompas, bexiga e pulmão.

Apesar de não ter cura, existem métodos que podem tornar a vida da mulher mais saudável e proporcionar alívio dos sintomas. Para isso, é necessário levar em consideração a idade da paciente, quais sintomas ela sente, a intensidade das dores, entender se essa é a primeira prática realizada e também se existe o desejo de engravidar. De modo geral, o tratamento hormonal e os procedimentos cirúrgicos são os meios mais utilizados para a endometriose atualmente – no entanto, é imprescindível pontuar que cada mulher deve ser avaliada de forma individualizada para que, assim, o profissional de saúde possa definir qual intervenção será adotada. Vale lembrar, ainda, que a cirurgia é feita em casos específicos.

Neste sentido, contamos, atualmente, com a cirurgia robótica, que é um método minimamente invasivo e menos agressivo. O procedimento utiliza a tecnologia mais avançada que existe na área da ginecologia, na qual o cirurgião conta com a assistência de um robô. Porém, é importante lembrar que trata-se de um robô que não faz ações sozinho – ou seja, o médico faz o controle desse equipamento por meio de um console, que permite guiar as pinças, além de dar liberdade aos movimentos das mãos e estabilidade na hora da operação, o que evita os tremores que poderiam ocorrer.

De acordo com dados da empresa alemã Statista, o mercado mundial de cirurgias robóticas está em expansão e a expectativa é alcançar a marca de US$ 12,6 bilhões nos próximos quatro anos. No Brasil, esse procedimento começou a ser usado em 2008, sobretudo nas áreas de ginecologia e urologia, conforme informações da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica (Sobracil).

Por utilizar um equipamento robótico, a intervenção consegue ter mais precisão em locais que geralmente são de difícil acesso. Além disso, o procedimento ajuda na ergonomia do cirurgião, o que deixa os movimentos mais precisos e traz, ainda, mais confiança para a paciente. Além disso, é importante ressaltar que trata-se de um equipamento avançado, que possui diversos modos de segurança e travas que vão protegê-las durante a operação

Levando em consideração os métodos existentes atualmente, é possível ter uma vida normal e saudável. O acompanhamento médico é essencial e quanto mais rápido começar o tratamento, mais cedo você pode ter progresso no caso.

 Dr. Thiers Soares - ginecologista cirurgião especialista em endometriose, adenomiose e miomas

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