Brasil ocupa a 10ª posição no ranking mundial de partos prematuros, com o nascimento de cerca de 300 mil bebês com menos de 37 semanas de gestação todos os anos
Engana-se quem pensa que a desnutrição ou mesmo a pobreza extrema são as principais causas da mortalidade infantil no Brasil. Segundo dados do Ministério das Saúde, a principal vilã da morte de crianças com até um mês de vida é a prematuridade. Uma pesquisa divulgada pela Universidade Federal de Pelotas, em parceria com outras 12 universidades, aponta que 11,8% dos partos realizados no país são de bebês prematuros, índice que coloca o Brasil como o 10º país do mundo com maior número de casos.
Segundo Juliana Abdalla, especialista em medicina fetal, é considerada prematura a criança que nasce com menos de 37 semanas de gestação. Algumas mulheres geralmente apresentam um quadro infeccioso ou ainda uma condição em que o colo do útero é mais curto ou menos resistente do que o normal. As infecções mais comuns são a urinária e a causada pela bactéria estreptococo. “Mas, mesmo uma infecção dentária, se não for bem tratada, também pode antecipar o parto. O que se conclui que o pré-natal bem realizado continua sendo a melhor maneira de prevenir estes problemas”, explica.
Em gravidez tardia ou de gemelares o risco é maior
Existem ainda outros fatores que contribuem para a prematuridade, como o estresse materno, a desidratação, febre, diabetes, além da hipertensão arterial. Outra ocasião em que é comum esse tipo de ocorrência é durante gestações gemelares ou múltiplas, com dois ou mais fetos.
“A prematuridade está ligada diretamente ao peso dos bebês e à rápida distensão do útero. Nestes casos, o útero pode alcançar o tamanho que teria aos nove meses antes do tempo, entre o sétimo e o oitavo mês de gestação, conforme o número de fetos”, aponta Juliana.
Quando se fala em gestações tardias, ou seja, aquelas ocorridas após os 35 anos de idade, o risco de um parto prematuro ocorrer também é muito grande, além de outras complicações, como uma maior taxa de abortamento espontâneo, anomalias cromossômicas, gestações múltiplas mais frequentes, elevação da pressão arterial. “Nessa faixa etária é comum a existência de algumas doenças, como a hipertensão e o diabetes, que precisam de tratamento e controle para reduzir complicações em uma futura gravidez.”
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