8 verdades sobre a perimenopausa e sintomas que podem surgir 
até 14 anos antes da menopausa
Especialista em saúde feminina, a Dra. Ana Maria Passos explica os principais sintomas, 
mitos e avanços no tratamento da perimenopausa
A perimenopausa é uma fase natural e pouco reconhecida que antecede a menopausa e 
pode se iniciar por volta dos 40 anos, mesmo com exames normais e ciclos menstruais 
regulares. Sintomas como ansiedade, insônia, irritabilidade e alterações de libido costumam 
surgir muito antes da última menstruação, mas são frequentemente tratados de forma 
equivocada ou isolada. Neste material, reunimos as 12 principais verdades sobre a 
perimenopausa, com orientações da ginecologista Dra. Ana Maria Passos, que esclarece 
desde o diagnóstico clínico até os avanços na reposição hormonal e os impactos na vida 
profissional, emocional e social das mulheres.
1 - Perimenopausa não é menopausa. Começa bem antes com muitos sinais 
 A perimenopausa é a fase que antecede a menopausa e pode começar de 8 a 14 anos 
antes do fim dos ciclos menstruais. Mesmo com exames normais e menstruação regular, os 
sintomas já aparecem, o que dificulta o diagnóstico. “Na perimenopausa inicial, os exames 
costumam vir normais, e por isso o diagnóstico muitas vezes não é feito”, explica a Dra. Ana 
Maria Passos. A fase se divide em inicial, com ciclos regulares, e tardia, quando eles 
começam a espaçar até cessarem por completo. Sintomas como ansiedade, irritabilidade, 
fadiga, insônia e alterações de libido são comuns e, muitas vezes, tratados de forma 
inadequada. “O ideal seria iniciar a reposição hormonal, já que o diagnóstico é clínico e 
deve considerar a idade e os sintomas”, reforça a especialista. 
2 - Sintomas físicos e emocionais podem surgir muito antes da menopausa 
Durante a perimenopausa, é comum que ocorram alterações no ciclo menstrual, como 
atrasos, fluxo mais intenso ou espaçamento entre os ciclos. A TPM também pode se 
intensificar, com sintomas como dor nas mamas e dor de cabeça. “Essas mudanças são 
sinais importantes, mesmo quando os exames estão normais”, explica a Dra. Ana Maria 
Passos. No aspecto emocional, sintomas como ansiedade, irritabilidade, insônia, cansaço e 
desânimo são frequentes. “A mulher começa a perder motivação e energia, o que pode ser 
confundido com depressão ou estresse”, alerta. Identificar esses sinais é fundamental para 
buscar o tratamento correto e evitar abordagens inadequadas. 
3- Reconhecer a perimenopausa é essencial para evitar tratamentos equivocados 
Reconhecer os sinais da perimenopausa é essencial para preservar a qualidade de vida. 
Essa fase costuma começar por volta dos 40 anos, mas muitas mulheres não sabem 
identificá-la e acabam tratando os sintomas de forma inadequada. “Se a mulher não 
reconhece que está na perimenopausa, ela perde tempo e acaba tratando os sintomas de 
forma inadequada”, afirma a Dra. Ana Maria Passos. Ansiedade, insônia e desânimo são 
comuns e frequentemente tratados com medicamentos que não resolvem o problema. “É 
fundamental entender que esses sintomas têm origem hormonal, e só com esse 
reconhecimento é possível buscar o tratamento correto”, reforça. A informação é o primeiro 
passo para um cuidado eficaz. 
4- A perimenopausa pode afetar diretamente a vida profissional/pessoal e gerar 
prejuízos financeiros 
Sem o acompanhamento correto, a perimenopausa pode afetar o desempenho profissional 
e gerar prejuízos financeiros. Sintomas como cansaço, insônia, dificuldade de concentração 
e alterações de memória comprometem a produtividade. “A névoa mental e a falta de foco 
fazem com que muitas mulheres não consigam executar suas tarefas com a mesma 
eficiência”, explica a especialista. Isso é especialmente crítico para quem empreende ou 
ocupa cargos de liderança. “Muitas acabam perdendo oportunidades ou até o emprego por 
não entenderem que esses sintomas têm origem hormonal”, reforça. O impacto financeiro é 
resultado direto da falta de diagnóstico e tratamento adequado. Outro fator importante é 
conversar com familiares, amigos e colegas para ajudar a criar um ambiente de 
acolhimento. “Essa fase pode ser vivida com mais leveza quando há compreensão e 
tratamento adequado”, reforça a especialista. 
5- Alimentação, atividade física e suplementação são pilares no cuidado com a 
perimenopausa 
É importante combinar cuidados médicos, terapias complementares e mudanças no estilo 
de vida. “Uma alimentação anti-inflamatória e a prática regular de atividade física são 
fundamentais para o manejo dos sintomas”, orienta a especialista. Muitas mulheres também 
apresentam deficiências nutricionais que intensificam os desconfortos. Suplementos como 
vitamina D, complexo B, ômega 3, coenzima Q10 e creatina podem ajudar a aliviar os 
sintomas e reforçar o tratamento hormonal. “Esses suplementos ajudam na resolução dos 
sintomas e complementam o tratamento hormonal quando necessário”, reforça. Essa 
combinação de cuidados contribui para mais bem-estar e qualidade de vida. 
6- Diagnóstico é clínico e exige especialista 
 Exames complementares como perfil glicêmico, lipídico e marcadores inflamatórios ajudam 
a avaliar a saúde geral. Consultas com ginecologistas especializados em perimenopausa 
são essenciais. “Sem essa expertise, muitas mulheres são encaminhadas para psiquiatras, 
quando o problema é hormonal”, alerta a especialista. 
7- Sintomas da perimenopausa podem afetar o desempenho profissional, mas há 
tratamento 
A perimenopausa pode afetar a produtividade profissional devido à névoa mental, 
dificuldade de concentração, alterações na memória e perda de fluência verbal. “Funções 
antes simples passam a ser desafiadoras, gerando insegurança”, explica a Dra. Ana Maria 
Passos. Com tratamento adequado, esses sintomas são reversíveis e a mulher pode 
recuperar seu desempenho. 
8- Novas terapias tornam o tratamento mais seguro e acessível 
Os avanços na medicina trouxeram hormônios bioidênticos, idênticos aos produzidos 
naturalmente pelo corpo, que não oferecem os riscos dos sintéticos usados no passado. 
“Hoje, podemos repor estradiol, progesterona e testosterona com segurança”, explica a Dra. 
Ana Maria Passos. A via transdérmica, em forma de gel ou adesivo, também ampliou as 
opções de tratamento, especialmente para mulheres com tendência à trombose. Além 
disso, suplementação com ômega 3, coenzima Q10, creatina, colágeno, ferro, complexo B e 
vitamina D, aliada à alimentação anti-inflamatória e ao cuidado com a tireoide, contribui para 
um tratamento mais completo e eficaz. 
Sobre a Dra. Ana Maria Passos 
Com mais de 19 anos de atuação como Ginecologista e Obstetra em Porto Alegre (RS), a Dra. Ana 
Maria Passos atende em sua AME Clínica, onde realiza um cuidado integral na saúde da mulher. 
Com pós-graduação em Nutrologia e em Longevidade Saudável, ela traz um olhar atento à 
alimentação equilibrada e à suplementação, focando na prevenção e nos cuidados para um 
envelhecimento saudável. Especialista em saúde da mulher, atua com ênfase em perimenopausa, 
menopausa, endometriose, síndrome dos ovários policísticos, gestação e puerpério. Reconhecida 
por sua abordagem humanizada e atualizada, utiliza suplementação e reposição hormonal para 
promover o bem-estar feminino, especialmente em mulheres acima dos 40 anos. É uma fonte 
confiável para entrevistas, artigos e conteúdos sobre saúde feminina, buscando ampliar o acesso à 
informação e promover qualidade de vida por meio de acompanhamento médico regular e terapias 
inovadoras.