Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência

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11 fevereiro 2021


Projeto Travessia apoia o Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência comemorado em 11 de fevereiro
 
 

Mariana Deperon, sócia-fundadora da empresa de estratégia em inclusão, fala sobre o tema 

 

Instituído em 2015 pela Assembleia das Nações Unidas, o dia 11 de fevereiro - Dia Internacional de Mulheres e Meninas, passou a integrar o calendário internacional. Em todos os anos, sob a liderança da Unesco e da ONU Mulheres, a data é comemorada em diversos países com o objetivo de conceder mais visibilidade ao papel e às contribuições fundamentais das mulheres nas áreas de pesquisa científica e tecnológica.  

De acordo com o IBGE, as mulheres compõem 51,5% da população brasileira e são maioria na graduação e pós-graduação. Mesmo assim, são ainda minoria (43%) nos quadros docentes em universidades públicas (segundo dados do Ministério da Educação), as quais são responsáveis pela maioria das pesquisas desenvolvidas no Brasil. Na USP - Universidade de São Paulo, por exemplo, 46,4% dos estudantes de graduação e 51,1% de pós-graduação são mulheres. Apesar disso, elas representam 15,4% dos professores-titulares e 23,7% dos cargos de chefia na estrutura da universidade (dados do último relatório da campanha HeForShe, parte do programa da ONU). A porcentagem de mulheres que recebem bolsa do CNPQq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - é ainda menor, cerca de 34%.  

Para Mariana Deperon, sócia-fundadora do Projeto Travessia - Estratégia em Inclusão e especialista em Diversidade e Inclusão (D&I), este é um problema sistêmico da forma como a sociedade brasileira está organizada. "Trata-se do reflexo das desigualdades sociais e também da falta de referenciais de mulheres cientistas ao longo da nossa história. Não somos capazes de citar uma mulher cientista que aprendemos na escola. Mas, nos lembramos de Pitágoras, Sócrates, Albert Einstein, Isaac Newton, Charles Darwin, Galileu Galilei, Nikola Tesla, Stephen Hawking, Louis Pasteur, Sigmund Freud, entre tantos outros. E será que elas não estavam lá ou não deram vozes a elas? Se pesquisarmos, vamos nos surpreender ao identificar que a matemática Ada Lovelace (1815 - 1852) é considerada uma das primeiras programadoras de computador da história, tendo contribuído para o desenvolvimento do algoritmo, usado até hoje na ciência da computação. E como ela muitas outras também se destacaram. Mas, infelizmente não dão crédito às mulheres como dão aos homens e isso é cultural", explica.  

Na corrida para o desenvolvimento das vacinas contra o novo coronavírus, várias mulheres, inclusive brasileiras, se destacaram. No campo da ciência, apesar de numerosas, ainda ocupam menos cargos de liderança em relação aos homens.  

 

"Mesmo assim, foi uma brasileira que fez o intermédio do Brasil com o Reino Unido para trazer os estudos clínicos do imunizante da vacina ao país. Além disso, centros de estudos em vários estados brasileiros, como São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, têm à frente cientistas mulheres. A Fiocruz, que é uma fundação centenária tem como presidente uma mulher, a primeira em 120 anos de história. Estes dados revelam que a luta pela igualdade de gêneros tem ganhado cada vez mais espaço nos dias de hoje devido o reconhecimento da importância de promover os direitos das mulheres na sociedade", complementa Mariana. 





Perfil Mariana Deperon 

Formada em Direito pela PUC-SP, Mariana Deperon tem LL.M em Direito Privado Francês e Europeu na Université Paris1 – Sorbonne e é Mestre em direito Civil Comparado pela PUC-SP. Capacitada em Women’s and Gender Studies – Brazilian History, pela Universidade de Massachussets (Dartmouth), em 2017 e em Gender Mainstreaming Strategy (Gender Equality Advanced Course) realizado pelo HREA – The Global Human Rights Education and Training Centre. É Gender and Women’s Right Lead, certificada pela Un Women. Tem 15 anos de experiência no mercado corporativo, trabalhando em departamentos nacionais e internacionais, onde teve a oportunidade de participar de programas e projetos de sustentabilidade e diversidade. Há mais de 5 anos atua em projetos de D&I, como sócia e consultora.  


Sobre Projeto Travessia - Estratégias em Inclusão 

www.projetotravessia.com 

 

O projeto Travessia - Estratégias em Inclusão - é uma empresa de impacto social que tem por objetivo a criação e implementação de estratégias em inclusão em organizações. Tem metodologia proprietária, a qual é denominada 6Es, que consiste em seis atitudes que devem permear toda e qualquer estratégia em diversidade e inclusão: empatia, escuta ativa, educação, engajamento, ética e eficácia social. Sua missão é de fazer uma travessia e construir um mundo mais inclusivo, justo, ético e igualitário. 

Oferece consultoria estratégica para criação/implementação de programas, workshops, palestras, rodas de conversa e treinamentos para Inclusão​, além de projetos e trilhas de desenvolvimento. 


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